quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Roteiro: "O poder da oração na restauração da alma"

Peça: Todos nós temos um pouco de João e Maria?

Data de apresentação: 2 de outubro de 2010, congresso do grupo de intercessão.

Narrador: Roque

Sonoplastia e Contra-regra: Isabel e Rodrigo

Narrador - Iremos contar uma história que se passa em muitos lugares, que fala de dores, traumas, medos, mas também de fé, oração, companheirismo. João e Maria é um casal aparentemente normal. Moram em um bairro de classe média, tem uma casa boa, dois filhos (um menino e uma menina), são cristãos normais, aos domingos, vão para igreja. O problema é que a normalidade atualmente é muito estranha. O normal é brigar, se enfrentar, se separar, trazer mau testemunho para os filhos. Carregar problemas passados e viver o presente pelo trauma do passado.

Cena 1 - (Maria na infância e adolescência)

Foco da cena: conflitos enfrentados por Maria na infância e adolescência.

Está a mãe de Maria lavando os pratos e Maria entra e pergunta a mãe:
- Mãe, hoje minhas amigas me chamaram para ir à pracinha tomar sorvete, eu posso ir?
- Acho que sim, mas é melhor perguntar e pedir para seu pai, você já sabe como ele é; um estúpido.
- Ai mãe, tenho medo de falar e pedir a ele.

(I - Som de suspense)

Entra o pai de Maria.
- Mulher o rango já tá pronto?
- Ainda não, to terminando de aprontar.
- Onde já se viu ora essa, chego em casa e não ainda não tem comida pronta, quero comer apronta logo e coloca meu prato e trás aqui na sala que vou assistir TV (fala grosseiramente e agride a mulher)
Maria trás um copo de água, sem demorar. Maria com medo se aproxima e tenta falar com o pai:
- Pai queria falar com o senhor, é que minhas amigas me chamaram para ir tomar sorvete posso ir?
- Não!
- Mas pai... (chorando)
- Não disse que não?! Como ainda tenta questionar minha ordem?! (fala grosseiramente e agride a filha)
Na hora da discussão entra Lucas
- Se fosse Lucas o senhor deixava, o senhor só gosta dele, por que ele é homem. - Se manca menina, não me mete nisso não, já to de saída, vou dar um rolé com meus amigos.
- Vai filho, é isso mesmo, filho homem é para isso mesmo! (fala, todo orgulhoso)

(Som de rock pesado)

Mente de Maria:
“Os homens são todos iguais, não prestam, são todos mandões, não se pode confiar neles. Quando eu for embora daqui, ninguém jamais me dará ordens outra vez”.

Cena 2 - (João na infância e adolescência)

Foco da cena: conflitos enfrentados por João na infância e adolescência.

(Música - É devagar, é devagar, é devagar, devagarinho.)

- João, venha cá menino!
- Você fez o que eu pedi? Colocou o lixo lá fora?
- Viuxe mãe desculpe, estava assistindo ao jogo do Bem te vi e me passei...
- Não acredito! Seu imprestável! Num serve para estudar, para trabalhar, pra nada, não à toa tem 20 anos e nunca teve uma namorada.
Num tom de desprezo ainda fala: Você é um desastre; nunca será alguém.
- Fale assim não mãe, eu to indo para escola, repetindo o 2 ano pela quarta vez, mas to tentando.
- Do que adianta? O que tem na sua cabeça? Do que adianta estudar? Não entende nada mesmo!

João fica em silêncio, triste e depois vai para seu quarto chorar.

(Apaga todas as luzes e vem uma claridade, como num sonho ou pensamento em silêncio)

(Fundo de música romântica – Song Bird)

Aparecem duas pessoas, João e a colega que gostava, se abraçando, depois ele sai e só fica a menina, aparece um outro rapaz, fica de joelho, entrega flores e ela abraça ele também, João aparece e sai correndo.

(Volta a cena anterior) - tonalidade da luz a mesma

(Fundo musical – Inútil, a gente somos inútil...)

Mente de João:
“Não faz sentido dizer a ninguém o que você pensa; ninguém ouvirá mesmo. Se você quer que as pessoas o aceitem, você apenas precisa concordar com o que quer que elas queiram. Eu vou perder de qualquer forma no final mesmo, então por que começar qualquer coisa?”.
Cena 3 - (O lar de João e Maria)

Foco da cena: conflitos e discórdias no lar de João e Maria.

João está sentado na sala assistindo jogo na sala, Maria chega e começa a resmungar:
- João de novo você só sabe ficar de sentado de frente para essa TV assistindo jogo? Casei com um imprestável mesmo. Já foi no mercado comprar o que tava faltando na dispensa?
- Ainda não, deixa terminar o jogo, que eu vou.
- Anda logo João desliga essa televisão e vai comprar o que mandei, preciso terminar o almoço para voltar para o trabalho.
- Zezinhoooooooo Rosaaaaaaaaaaaaa (grita) !!!
- Fiquem quietos meninos. (fala baixo João)
- Nem pra isso você serve João, os meninos acabando com tudo e você sentado aí sem fazer nada.
- Oh mãe, Zezinho tá puxando meu cabelo, reclama Rosa.
- Vão para o quarto estudar agora! E parem de briga. Zezinho, já passou a dor de estômago? Quero ver se vou precisar mandar tomar o remédio novamente. - Já vou mãe!, diz Zezinho.

Narrador: O problema é que todos os dias eram as mesmas reclamações, raivas por parte de Maria e apatia, ócio, por parte de João. Como deve ficar a mente das crianças assistindo a tamanha discórdia entre os pais?

(Ficam mudos, Maria com raiva, pegando uma almofada, batendo no chão, batendo em João e ele sentado, assistindo tevê. As crianças vêem a cena e Rosa fica batendo em Zezinho, que revida puxando seu cabelo)

Som de luta de boxe

Cena 4 - (Restauração do lar, da família de João e Maria)

João (Leidson) Maria (Fabi) Zezinho (Carlinhos) Rosa (Cidinha)

Foco da cena: Restauração do lar, paz e harmonia na família de João e Maria.

Narrador: Discórdia nem sempre é guerra. Muitas vezes a discórdia é uma propessão oculta de ira no lar que todos sabem que está lá, mas ninguém trata dela. A atmosfera no lar é terrível, e o diabo ama isso!
Será que Jesus realmente está presente nesta família? Infelizmente muitas vezes só percebemos que algo está errado quando algo muito sério acontece. Numa tarde, os filhos veem da escola com o boletim e um comunicado de indisciplina.

(Os filhos cabisbaixos, com o boletim na mão e o papel de advertência, Maria e João olham, lêem e ficam horrorizados.)

- O quê? Você xingou a coleguinha porque ela não quis te dar um beijo e puxou o cabelo dela, Zezinho? pergunta João.
- E você tirou 5 zeros Rosa? Questiona Maria.
Narrador: Os dois abaixam a cabeça, acenam que sim e depois começam a falar dos pais.
- Vocês só fazem reclamar da gente, mas você é uma pé de cavalo. Diz Rosa para a mãe.
- E você pai, é um Zé ninguém, só fica vendo tevê.

(Fundo musical - Quero que valorize o que você tem, você é um ser, você é alguém...”
Os pais abaixam a cabeça. Zezinho comenta:

- Vocês assim, pacíficos, me lembram quando estão na igreja, único momento de paz entre vocês.
- Por que a gente não faz a igreja aqui em casa então? Pergunta Rosa
- Puxa, ótima ideia, fala João.
- Mas tem que ser bem cedinho, para já começarmos o dia bem.

Narrador: Rosa e Zezinho fecham os olhos, os pais vendo também o fazem e eles começam a orar, colocar diante do Sr o dia, a família, o amor e paz no lar. Pedindo direcionamento e graça de Deus. João pede para ter o amor restaurado por si e pelos outros, ânimo de vida. Maria pede paciência e paz. Zezinho fala que precisa ser mais obediente e respeitar os coleguinhas, Rosa para não brigar mais com o irmão e melhorar as notas. Se depender do ânimo e amor que esta família se encontra por meio da oração e integração, os problemas vão vir, mas serão muito mais fáceis de resolver e terão menos seqüelas.

(Fundo musical - “Jesus Cristo mudou meu viver, Jesus Cristo mudou meu viver, Ele é a luz que ilumina meu ser...”).

Decisão deles: João: 08; 32: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará...”

Se eles continuarem a estudar a palavra de Deus, eles conhecerão a verdade e, agindo na verdade, ela os tornará livres. Mas eles devem encarar a verdade sobre eles mesmos e sobre seu passado, à medida que Deus a revelar a eles.
Nosso passado pode explicar por que estamos sofrendo, mas nós não devemos usá-lo como desculpa para permanecermos escravos dele. Jesus já nos libertou e nos conduzirá ao caminho da vitória.

Final (narração) Reflexão

Espero que você veja neste exemplo de João e Maria como Satanás toma nossas circunstâncias e constrói fortalezas em nossa vida – como ele trava a guerra no campo de batalha da mente. Mas, graças a Deus, temos armas para destruir as fortalezas. Deus não nos abandona e nos deixa desamparados, ele não nos dá uma provação além daquilo que podemos suportar.
Qualquer um de nós pode ser Maria e João, de alguma forma nos relacionamos com o cenário; os problemas e conflitos internos, fortalezas da alma que precisam ser quebradas. Deus esta do seu lado está lutando junto e por você.

(Fundo musical – Kleber Lucas)

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